Mundo do Vinho: A Tendência dos Vinhos Rosés!
por Rodrigo Webber
(conteúdo publicado na Revista Terroir Boccati)
Em alta no Brasil, o vinho rosé é uma das categorias que
mais crescem no mercado de vinhos. Essa
tendência é resultado de diversos fatores: pela bela e variada tonalidade de
cores, ou pelas lindas garrafas diferentes, com design moderno. Comercialmente
falando, a exposição dos rosés chama muito a atenção dos consumidores, principalmente
das mulheres.
Mas, o público masculino também tem aderido ao estilo,
convencidos pela qualidade da bebida, que combina muito bem com o clima
brasileiro. O fator clima também é muito importante para o crescimento do rosé,
grande aliado do verão brasileiro, época em que há aumento da procura por
bebidas geladas e refrescantes.
Porém, por muito tempo os rosés foram sinônimos de vinhos
ruins. Infelizmente, há muitos anos, as opções que eram produzidas ou
importadas para o Brasil eram realmente decepcionantes, pois não eram
produzidos de forma séria. Isso fez com que se criasse uma barreira em relação
aos rosés. As pessoas mais velhas que beberam daqueles vinhos, até hoje não os
veem com bons olhos. Talvez por isso, há muito tempo não se consumia como hoje.
Mas afinal, como são produzidos os vinhos rosés? Fique
tranquilo, a época em que se lavavam os tanques e vendiam o resultado disso
como vinho acabou. Existem formas sérias de produzir um vinho rosé e as
principais são:
Maceração curta: neste método o vinho é vinificado no mesmo
processo do vinho tinto, porém com prensagem delicada, temperatura controlada e
uma breve maceração, ou seja, o tempo em que o mosto* fica em contato com as
cascas da uva é muito menor, extraindo assim menos cor, corpo e taninos.
Geralmente este período varia entre 6 e 24 horas, já no caso de vinhos tintos
pode levar de dias a semanas.
Prensagem direta: por esse método, as uvas tintas são vinificadas
da mesma forma que as uvas brancas, sendo prensadas assim que chegam à
vinícola. Sua fermentação ocorre sem contato com as cascas. Dá origem a vinhos
delicados e de cores claras.
Sangria: neste caso, pode-se dizer que o vinho rosé é um
subproduto do tinto. De fato, o que acontece é a drenagem de parte do mosto* de
um vinho tinto, que segue sua fermentação sem contato com as cascas. Naturalmente
produz rosés com tons mais escuros e também mais alcóolicos.
Corte: é o caso menos tradicional e com menor prestígio. O que
ocorre neste processo é propriamente a adição de uma pequena proporção de vinho
tinto ao vinho branco. Esta mistura dará origem a um vinho rosé.
Uma das regiões mais famosas no mundo pela produção de
vinhos rosés é a Provence, localizada no sudoeste da França. Além da reconhecida
qualidade em seus produtos, esta região também é conhecida pela tonalidade de
seus rosés. Os vinhos lá produzidos tem uma delicada e clara coloração. Rosés
desse estilo são tendência e muitos produtores vêm mudando a cor de seus
vinhos, tentando deixar eles mais claros e parecidos com os vinhos da Provence.
Nem todo vinho rosé será propriamente leve. É um vinho muito
versátil, pode acompanhar diversos pratos e ser degustado em diversos momentos.
Combina perfeitamente com saladas, frutos do mar, peixes, queijos, carnes
brancas e até mesmo massas com molhos leves. E sobre os momentos, pode ser uma
ótima pedida para um jantar romântico ou, até mesmo, para a beira da praia ou
piscina.
Muita atenção à temperatura de serviço destes vinhos. Devem
ser servidos gelados, mas não estupidamente. A temperatura ideal para os vinhos
mais leves deve ser entre 6°C e 8°C, já os mais estruturados podem ser servidos
entre 10°C a 12°C.
E você,
está esperando o que para abraçar essa tendência?
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