Por que giramos a taça de vinho?


Você já deve ter observado algum enófilo girar a taça do vinho, mas você sabe por que isso é feito?
Provavelmente você até já fez o movimento, mas não entende o que acontece no vinho, nem porque você está fazendo isso.
Não tem problema, a gente explica exatamente o que acontece.

Ao girar a taça do vinho em pequenos movimentos circulares, provocamos a oxigenação da bebida. Com isso, as partículas responsáveis pelos aromas se desprendem com maior facilidade, aumentando a intensidade olfativa da bebida.
À medida que o vinho interage com o oxigênio ele evolui e, consequentemente, seu paladar fica mais macio e agradável.
É por esse motivo que vinhos de maior corpo, ou que estiveram muito tempo guardado, podem se beneficiar de uma aeração em um decanter, pois o oxigênio ajuda a “abrir o vinho”, ou seja, mostrar melhor seus aromas.
Por que o cristal é recomendado para vinho?
O movimento de girar a taça é bem mais efetivo em uma taça de cristal, pois sua superfície é mais porosa que o vidro.
Isso faz com que o líquido no interior da taça tenha mais fricção, maior atrito com a parede do cristal e se agite melhor.
Quanto devo servir?
Após abrir a garrafa, sirva somente 1/3 da taça, de modo a deixar espaço suficiente e seguro para que você execute o movimento, do contrário vai ficar difícil você girar sem se perder no líquido.
Antes de agitar a bebida, você deve primeiro sentir o aroma do vinho. Depois de rodar a taça, aspire novamente e perceba os aromas resultantes.
Espumantes de qualquer tipo não precisam e não devem ser girados.
Agora que você já descobriu o porquê girar a taça de vinho, é só colocar em prática.

Curiosidade: Mas, mais do que uma aparente firula, esse ritual, hoje transformado em hábito, está coerentemente relacionado aos banquetes da antiguidade. Os reis e a nobreza intitulavam pessoas de sua confiança para cozinhar e também para provar toda bebida e comida que lhes fossem servidas. Uma medida para evitar possíveis indigestões e, em casos mais extremos, envenenamento.
E orientando-se pelas mesmas motivações surgiram os sommeliers. Eram eles os responsáveis por provar, antes mesmo do cozinheiro, os produtos que entravam na fortaleza, zelando também pela qualidade, armazenamento e perecibilidade dos alimentos durante as longas viagens empreendidas pelo séquito real.


Fonte: Winepedia | Saporedivino | Blogvinhosite | Vemdauva

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