Desde as primeiras videiras, até os dias de hoje. Conheça a história do vinho chileno!
O vinho chileno é sem dúvida um dos
mais famosos do mundo. Os números apontam que cerca de 70% da sua produção
anual é destinada à exportação e o Brasil se apresenta como um dos
principais compradores.
A história da produção dos vinhos chilenos possui mais de 500 anos e começou com a
chegada dos colonizadores espanhóis, que trouxeram as espécies de uvas
adequadas para a produção da bebida. A partir de
1818, quando o país conquistou sua independência, os chilenos que possuíam
maior poder aquisitivo viajavam para a França e de lá trouxeram novos hábitos
que interferiram na produção de vinhos, transformando a produção da bebida em
um lucrativo negócio.
A geografia
do país é bastante favorável e consiste num dos aspectos mais relevantes para
que o vinho chileno seja tão famoso e o quarto maior exportador mundial de vinhos. O país é
detentor de um território verticalizado, permitindo a produção de vinhos em
quase toda sua extensão, motivo este também que propicia uma imensa diversidade
de uvas cultivadas.
E se
tratando da produção de vinhos, o território chileno é dividido em três partes:
Região da Costa: Esta área banhada
pelo Oceano Pacífico possui clima frio, tornando o processo de amadurecimento
das uvas bem mais lento, o que proporciona vinhos mais frescos.
Região entre cordilheiras: Distante
do litoral e das cordilheiras, essa região central do país recebe uma
influência menos direta da costa e dos andes, favorecendo a produção de vinhos
mais estruturados.
Região dos Andes: Nesta região, a
altitude foi um dos principais fatores que contribuíram para que o vinho chileno ficasse famoso.
O Chile é o
sétimo maior produtor mundial de vinho, segundo dados de 2016 do site BKWine
Magazine.
Como um país
tão pequeno (cabem 11 Chiles dentro do Brasil), distante dos grandes mercados, como o norte-americano, europeu e asiático, conseguiu tamanha façanha? A resposta está
numa combinação de condições naturais, visão empresarial e sucessivos governos
que apostaram no livre comércio e na iniciativa privada. Depois da China, o
Brasil é o segundo maior comprador de vinho chileno.
França,
Itália e Espanha, os países com maior tradição na produção de vinho, têm
sofrido ao longo da história com invasões de pragas que dizimaram seus vinhedos
e chegaram a causar a extinção de cepas como a Carménère — por sinal
reencontrada no Chile e transformada em sua marca distintiva, numa das muitas
histórias poéticas em torno do vinho do país.
Já os
vinhedos chilenos são protegidos dessas ameaças por três barreiras naturais: a
Cordilheira dos Andes, o Oceano Pacífico e as geleiras da Patagônia. É por isso
que no aeroporto de Santiago e nas fronteiras chilenas há uma obsessão ainda
maior do que em outros países para prevenir a entrada de produtos agrícolas,
que possam trazer microorganismos exóticos a esse valioso ecossistema.
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