Você sabia que uvas tintas também produzem vinhos brancos e rosés?



Ficou interessado em descobrir mais detalhes sobre o assunto? Então, siga a leitura.

Um grande mito a se desfazer é que vinhos brancos ou rosés não podem ser produzidos com uvas tintas!
Mas como essas uvas viram vinho rosé ou branco, e não vinho tinto?

Rosé


Apesar de são existirem uvas de cor rosé, há algumas formas de fazer este tipo de vinho:

Diretamente à prensa
As uvas tintas, depois de colhidas, desengaçadas e esmagadas, são prensadas. Para evitar oxidação e sabores herbáceos, a prensagem deve ser suave e rápida. Aqui, o mosto (suco das uvas depois de prensadas) que já contém alguma cor, começa a fermentar (processo idêntico ao do vinho branco). O resultado final é um vinho leve, fresco e de cor rosa pálido.

Sangria 
É o subproduto da produção de um vinho tinto, em que existe contato pelicular (mosto com películas) por um período de 6 a 48 horas, dependendo da intensidade de cor desejada pelo produtor. Depois as películas são separadas do líquido (sangria) e a fermentação inicia-se ou continua, produzindo rosé. Os vinhos produzidos com este método costumam ser rosés mais escuros, mais encorpados e mais alcoólicos.
Assim como os tintos, os vinhos rosés são elaborados a partir de uvas tintas inteiras. No entanto, as cascas da fruta são removidas após algumas horas de contato. Essa breve ligação faz com que a pele das uvas transmita leves pigmentos avermelhados, proporcionando à bebida um tom rosado. 
O pouco contato com as cascas também faz com que menos tanino seja transferido ao vinho. Justamente por isso, muitos rosês são considerados adocicados. 

Branco


Muita gente acredita que o vinho branco é feito somente com uvas brancas — de casca esverdeada ou amarelada — e o vinho tinto com uvas tintas — de casca avermelhada ou azulada — mas não é bem assim!
Os vinhos brancos também podem ser produzidos a partir das uvas tintas, já que o suco da fruta não tem cor. O que proporciona o pigmento à bebida são os chamados polifenóis, presentes na casca e nas sementes da uva. No entanto, cerca de 90% dessas substâncias – que dão cor, aroma e estrutura aos vinhos – são oriundas das cascas e das sementes das uvas.
Os taninos, responsáveis pelo amargor do vinho, são um dos principais compostos de polifenóis extraídos durante o processo de vinificação (a transformação da fruta em vinho). Justamente por esse motivo que os tintos possuem altas doses dessas substâncias, ao contrário dos brancos. 
É comum que os vinhos tintos fiquem armazenados na vinícola durante muitos meses antes de serem submetidos ao processo de engarrafamento, o que não ocorre com os brancos.
Isso acontece porque, quanto menos tanino o vinho tem, menos tempo de maturação é necessária até que ele seja engarrafado. 
As bebidas brancas e leves podem ser colocadas em garrafas rapidamente, justamente para manter o seu frescor característico. Os tintos, por sua vez, podem ser maturados por anos.

Uva branca = vinho branco ou laranja
Uva tinta = vinho branco, rosé, ou tinto
Uva tintureira* = vinho tinto

* Uvas tintureiras???
São uvas tintas de polpa escura, mais raras de se ver. Essas uvas são usadas, necessariamente, para elaborar vinho tinto. De fato, são mais utilizadas, inclusive, para acrescentar cor em vinhos de corte, do que para serem vinificadas em varietais.

E então, restou alguma dúvida sobre a produção de vinhos brancos, roses e tintos? Deixe sua pergunta aqui nos comentários! 


Fonte: Tintosetantos | Blogbenvino | Revistaadega | Vinha | Tintosetantos

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