Regras gerais da harmonização
Conheça as regras gerais da harmonização! Texto da Coleção Enogastronômica Boccati :)
Harmonização por
tradição: como já dissemos, é possível harmonizar um prato regional ou local
com um dos vinhos produzidos na mesma zona, para criar certa afinidade entre perfumes
e sabores, obviamente respeitando certas regras na ordem de serviço,
temperatura, etc.
Harmonização por
contraposição e concordância de sabores: conseguimos uma harmonização mais
agradável quando o vinho expressa características opostas às do alimento.
Quando um prato é particularmente gorduroso, será oportuno harmonizá-lo com
vinho tinto com boa acidez e sápido, para poder contrastar com a untuosidade do
prato e limpar a boca. Essa é uma harmonização por contraposição.
O sabor doce de um
alimento tende sempre a prevalecer, principalmente no caso de sobremesas. Como
não existem vinhos suficientemente secos para contrabalançar com o caráter doce
de uma sobremesa, é definitivamente melhor favorecer o caráter doce do prato e
harmonizá-lo com um vinho doce. Essa é uma harmonização por concordância.
O corpo do vinho deve
ser proporcional à estrutura do prato: um prato bastante complexo, que precisa
de uma produção elaborada devido ao tipo de cozimento, à quantidade ou à
preciosidade dos ingredientes, terá que ser harmonizado com um vinho igualmente
complexo eencorpado, de bom envelhecimento, e que, portanto, não seja
sobrepujado pela personalidade do prato.
Um prato leve e
delicado, por sua vez, não poderá ser “coberto” por vinhos excessivamente
importantes ou que possuam uma componente aromática excessiva. Ao contrário,
ele harmonizará perfeitamente com um vinho leve, jovem e de aromas delicados.
Harmonização por
estação: baseia-se no princípio lógico de que, no inverno, os pratos são mais
pesados e, no verão, mais leves. Obviamente, esse tipo de harmonização só é válida
em países onde as estações sejam perfeitamente delimitadas. Em certas regiões
brasileiras, por exemplo, a harmonização não tem razão de existir.
Mas é intuitivo
pensar que, no verão, não iremos beber um Barolo ou um Bordeaux, por serem
vinhos encorpados, muito perfumados, que não combinam com a alimentação leve da
estação, feita de saladas, peixes, grelhados, etc.
Após essas
observações gerais, vamos tratar um pouco do conceito do que seja realmente a
degustação.
Confira mais informações como essa no livro Harmonização: como combinar alimento e bebida da Coleção Enogastronômica Boccati.
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