Histórias de papas e vinhos
Alessandro Farnece (1468-1549), o papa Paulo III, era um homem de muitas fases. Homem forte, culto, filho de uma ilustre família do Lazio, quando jovem, viveu intensamente. Teve vários filhos sem casar, deles reconhecendo só três: Paolo, Pier Luigi e Constanza tidos com Silvia Ruffini, que diziam ser uma mulher “mal falada”. Mas, eleito papa, transformou-se completamente. Convocou o Concílio de Trento, uma reunião que congregou os mais importantes dirigentes da Igreja Católica, para discutir as medidas a serem tomadas com relação ao surgimento do movimento protestante. Criou a Congregação do Índex, uma lista de livros que eram proibidos a todos os praticantes do catolicismo. Decameron de Boccaccio, e o Elogio da loucura de Erasmo de Roterdã, entre outras obras conhecidas, figuravam nessa lista. O papa só não perdeu seu gosto pelos prazeres de uma boa mesa. Sua cozinha era apontada como uma das melhores da Renascença e foi dirigida por chefes renomados como Bartolomeo Scappi e Giov