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Mostrando postagens de outubro, 2018

Taninos? Acidez? E agora?!

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Quando entramos no maravilhoso mundo dos vinhos, logo começamos a nos deparar com algumas expressões que muitas vezes não fazemos ideia do que significam. Algo muito comum de se ouvir no início é que o vinho “x” tem taninos bem pronunciados, o vinho “y” tem leve acidez. Mas o que isso de fato quer dizer? Os vinhos tintos têm ácidos e taninos, saber diferenciá-los pode não ser tarefa fácil, principalmente para novos apreciadores. Mas, qual é a diferença entre um vinho muito ácido ou com taninos em excesso? Qual deles leva ao amargor ou a sensação azeda? Quando você não tiver certeza se você está percebendo taninos ou acidez, há uma forma relativamente simples de tirar a prova real. Falando de forma simples, o tanino é a substância encontrada em vinhos tintos que provoca uma sensação parecida com a que acontece quando se come uma banana verde, aquela sensação de “travamento” da língua e amargor, deixando sua boca seca. O  tanino  é muito mais perceptível nos vi

As uvas e os vinhos de Vêneto!

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por Sommelier Rodrigo Webber Drum (parte do conteúdo públicado na  Revista Terroir Boccati ) Localizada ao nordeste da Itália, a região do Vêneto pode ser considerada uma das principais regiões vitivinícolas da Itália. Esta região tem uma ligação especial com o Brasil, pois de lá vieram a maior parte dos imigrantes que ocuparam principalmente a Serra Gaúcha, trazendo consigo a tradição do cultivo da uva e a elaboração de vinhos. Suas principais cidades são: Veneza, Vicenza, Padova e Verona, esta última responsável pela maior parte da produção dos vinhos, totalizando anualmente cerca de dois milhões de hectolitros. Pode-se dizer que nessa região, as principais uvas tintas cultivadas são: Corvina, Corvinone, Rondinella, que são as que predominam a composição dos Amarones Della Valpolicela. Outra uva que também é muito cultivada é a Merlot. Entre as uvas brancas as principais são: Glera (antes chamada Prosecco), Pinot Grigio, Trebbiano e Garganega. Atualmente o Vêneto conta

Já sabe harmonizar? Nós te ensinamos!

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Harmonização por similaridade ou contraste! Harmonizar vinhos e pratos é uma arte com algumas "regras", mas que independentemente disso, sempre vai ter espaço para o gosto pessoal.  Harmonização vem da palavra italiana Abbinamento , que significa andar lado a lado, casar, formar par, combinar. A harmonização pode ser feita por similaridade ou contraste, por etnia, forma de cocção e estilo da bebida.  Similaridade Pode ser feita de diversas formas, levando em conta o peso do prato, por exemplo. Para comidas de sabores marcantes a bebida também deve ser marcante. O oposto também é válido. Da mesma forma, a sobremesa pede bebida doce.  Isso é o que se procura alcançar nas refeições, focando sempre nas combinações por elementos em comum, com base em seus similares, como molhos delicados com vinhos leves, pratos intensos com fermentados estruturados e assim por diante. (Prato estruturado + vinho estruturado) Contraste Basica

Vinhos no calor, sim ou com certeza?

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Muita gente pode achar que vinho é uma bebida de inverno e que não combina muito com o calor do verão. Mas para os verdadeiros apreciadores da bebida, não há tempo ruim. A verdade é que, faça chuva ou faça sol, o vinho pode ser sempre uma boa pedida. Por isso, nós separamos algumas excelentes possibilidades para levar a um dia de praia! Confira! Rosés São, na maioria das vezes, os vinhos mais procurados durante o verão. Quase sempre leves e refrescantes, eles são o perfeito equilíbrio entre as notas cítricas e adocicadas, de forma que a bebida cai perfeitamente bem para uma tarde na beira da praia. Normalmente, os rosés harmonizam muito bem com pratos frios à base de peixe ou saladas com frutas - a cara do verão!  A temperatura ideal para servir esses  vinhos  que vem ganhando o coração dos brasileiros é ligeiramente mais elevada que a dos brancos. Em função dos seus  taninos suaves , o serviço deve ser entre  10  e  12 graus celsius . Uma boa dica é manter a gar

Vinhos Rosés!

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Nem Brancos, Nem Tintos. Entenda os especias e únicos Vinhos Rosés. O Rosé nasceu na Provence e alcançou seu apogeu nas décadas de 1950 e 1960 ,  quando o mundo todo se deliciava com seu frescor. A região (Provence) é a mais antiga demarcada da França, onde os rosés ultrapassam os 80% de todo o vinho que é produzido, um em cada dez rosés vem de lá. Provence também produz tintos poderosos e brancos delicados. Pedida certa para os dias quentes, os  rosés  caracterizam-se pela leveza, frescor e por sua harmonização com pratos leves preparados de forma mais simples. São vinhos geralmente consumidos em sua juventude, enquanto sua marcante acidez – principalmente naqueles mais secos – encontra-se ainda em seu auge. Os rosés são produzidos e apreciados em diferentes partes do mundo e podem ser elaborados através de diferentes processos, onde, nos quais o enólogo, utilizando tanto uvas brancas quanto tintas, tem controle total sobre a cor do vinho que é produzido. Os 3 proc

Reservado, Reserva ou Gran Reserva? E agora?

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por Sommelier Rodrigo Webber Drum (parte do conteúdo publicado na  Revista Terroir Boccati ) Com milhares de opções, como escolher um vinho dentre tantas nomenclaturas e classificações diferentes? A maior dificuldade para decifrar essas categorizações é a falta de uma padronização. Não existe uma organização geral, pois cada país classifica seus vinhos de maneira diferente. Em alguns países da Europa, a classificação dos vinhos se dá basicamente pelo envelhecimento do vinho. Na Espanha, por exemplo, para receber o status de Reserva, a bebida deve ser envelhecida por pelo menos 36 meses, sendo 12 em madeira. Já um Gran Reserva, deve estagiar pelo menos 60 meses, desses, 24 em madeira. Na Itália, cada região regulamenta isso da sua maneira. No Piemonte, o vinho pode ser classificado como "Riserva" se passar por um envelhecimento de 60 meses, com pelo menos 36 em barricas de carvalho. Na Toscana, além de um envelhecimento de 27 meses, também se exige uma graduação a