Os vinhos europeus: características e peculiaridades

A Europa sempre será uma grande referência na produção de vinhos, pois foi nas terras europeias que as primeiras receitas de vinho saíram das vinícolas para o mundo. Tradição é a palavra que caracteriza a maioria dos produtores que por lá atuam.

Que tal conhecer um pouco mais sobre os vinhos europeus e suas castas?

A elegância dos vinhos franceses

A França é a terra prometida dos enófilos, pois oferece uma quantidade enorme de denominações - isto é, vinhos de origem controlada, oriundos de uma região específica.
Pinot Noir é uma das cepas mais delicadas e antigas do mundo, proveniente da França. Os vinhos produzidos com ela são lembrados sempre pela elegância e leveza, sem perder seus marcantes aromas e complexidade. A uva é tão francesa que é difícil encontrar outra região no mundo que consiga produzir vinhos tão excepcionais. Mesmo que cultivada em países como África do Sul e Chile, o nível de qualidade das castas é elevado na região de Borgonha.
A uva Grenache é outra importante cepa. Cultivada no Sul da França, no vale do Ródano, é utilizada usada para fazer tintos frutados e rosés secos. Produz vinhos de cor leve, que estão sujeitos à rápida oxidação. Por isso, muitas vezes, são cortados com outras cepas, pois assim se diminui a possibilidade de uma deterioração rápida.

Itália e sua vivacidade

Entre as principais uvas cultivadas na Itália estão: Sangiovese, Trebbiano, Montepulciano, Merlot, Barbera, Chardonnay, Glera, Pinot Grigio e Nero D'Avola.
A Sangiovese é a uva mais cultivada do país, especialmente na Toscana. Apesar de dar corpo a vários rótulos e vinhos tradicionais do país, é lembrada por ser a uva dos maravilhosos vinhos clássicos como Chianti e Brunello di Montalcino. Como uma cepa que traduz o terroir italiano, produz vinhos de corpo médio, um pouco ácidos e com taninos presentes; é uma uva gastronômica. 
A região nordeste é famosa pelos vinhos produzidos com a uva Nebbiolo, como os poderosos Barolo e Barbaresco. A Barbera, do Piemonte, produz belíssimos vinhos tintos; assim como a Glera que dá vida aos exemplares de Prosecco. Enfim, a Itália possui uma grande variedade de vinhos e uvas que traduzem vivacidade e originalidade.

Espanha e suas castas marcantes

Mesmo que a maior quantidade de vinhedos da Espanha seja de castas brancas - como principais: Albariño, Verdejo, Viura e Xarel-lo - os vinhos espanhois estão ligados às suas uvas genuínas, entre elas: Tempranillo, Garnacha, Monastrell, Cariñena, Graciano, Mencía e Mazuelo.
A Tempranillo é a uva certa para quem procura vinhos espanhois, é a marca da Espanha. Facilmente adaptada aos climas frios e solos desafiadores, como os rochosos e argilosos, é uma uva versátil, podendo ser bem aproveitada em blends, assim como na produção de vinhos próprios. Seus vinhos são encorpados, saborosos, com cor e aroma forte, além de ter um marcante retrogosto. Apesar do nome remeter a um vinho jovem, por conta da palavra Temprano, é uma boa casta para envelhecer em barris de carvalho e possui um bom tempo de validade em garrafa. 

A complexidade dos brancos alemães

A Alemanha também é uma das grandes produtoras de vinho do mundo, porém de uvas brancas. A Riesling é uma das uvas mais importantes para a produção de vinhos brancos elegantes, característicos e complexos. Um vinho produzido com Riesling pode ser seco, levemente ou bastante adocicado, de acordo com seu estilo de fermentação. 
Na Alemanha existe uma grande variedade de estilos de vinhos, incluindo os populares seco, os doces e até sei-doces. Rótulos perfeitos para harmonizar com muitos pratos da cozinha asiática.

A particularidade de Portugal

Os produtores de vinhos portugueses têm sido tradicionais num único aspecto: na fidelidade às suas castas, que são únicas, com aromas arrebatadoramente diferentes. Portugal oferece, sem dúvida, uma nova dimensão aos sentidos, a ampla diversidade de castas únicas é impressionante. Portugal tem mais de 250 castas nacionais, entre as principais: Alvarinho, Aragonez, Arinto, Baga, Castelão, Encruzado, Fernão Pires, Touriga Franca, Touriga Nacional e Trincadeira.
Os clássicos vinhos portugueses são produzidos com as uvas Castelão e Touriga Nacional. A Castelão, adaptada ao clima mais quentes e solos secos, produz vinhos de sabor forte, porém frescos e ácidos. A Touriga Nacional, por sua vez, é a responsável pelo mundialmente conhecido Vinho do Porto; é mais frutada e com taninos delicados. A Aragonez também se destaca, com aromas finos e delicados, produzindo - em bons anos - vinhos encorporados, escuros e muito aromáticos. 

A Europa é o continente em que se concentra a maior quantidade de produtores dos melhores vinhos do mundo e é no Velho Continente que concentram boa parte das regiões mais importantes para a cultura do vinho. Para os apreciadores da bebidas, é sem dúvida um destino extraordinário com diversos roteiros de belas paisagens pelo interior de seus países!

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