Vinotrip: Argentina 2014!
por Jylson Carvalho
(conteúdo publicado na Revista Terroir Boccati)
É com
muita alegria que falo da minha emocionante viagem à Argentina no ano de 2014,
a Mendoza e Buenos Aires, para visitar uma das mais importantes e tradicionais
vinícolas do país, a Nieto Senetiner. Essa viagem se originou devido a parceria
entre a Boccati e a importadora Porto a Porto, em que fomos convidados a
conhecer direto da fonte, como esses belos vinhos são produzidos e conduzidos
com muito amor e respeito.
“Comecei
bem”. O voo atrasou.... mas atrasou tanto, a ponto de eu quase não conseguir
embarcar, o que já me desesperava pois me impossibilitaria de conhecer os
vinhedos da Nieto e perdesse talvez a metade mais importante do passeio (não
desmerecendo a Casa Nieto Senetiner em Buenos Aires que falarei em seguida).
Nessa emocionante
história de angústia e terror, tive o prazer de me deparar com uma e grande
figura no mundo do vinho, Alejandro Cardoso, enólogo uruguaio e grande amigo,
que deveria estar no mesmo voo que eu, porém ele faria a conexão Argentina -
Chile.
Pois
bem, como já perceberam, citei anteriormente que “quase” perdi o voo, o que
felizmente não aconteceu e enfim pude embarcar no último da noite. Alejandro
também embarcou. Cheguei na madrugada em Buenos Aires, acordei cedo para pegar
o voo para Mendoza. Ufa, esse saiu na hora exata!!!
Chegando
em Mendoza, me encontrei com os demais integrantes do passeio e nos
encaminhamos para visitação na vinícola (pensem no meu alívio e alegria de tudo
ter dado certo).
Falando
um pouco da vinícola, na chegada já vejo a Casa Nieto Senetiner. Essa,
encontra-se nos vinhedos Vistalba em Luján de Cuyo, onde foram plantados os
primeiros vinhedos pelos imigrantes italianos. Da vinícola, tem-se uma bela
vista das Cordilheiras dos Andes e dos vinhedos que complementam a linda
paisagem. E, para minha surpresa, quem fez a condução do passeio na vinícola foi
um brasileiro, o sommelier Marcelo Molina de Goiânia.
Ele
nos contou um pouco da história da Bodega, desde a fundação por imigrantes
italianos em 1888, da grande transformação após a aquisição da vinícola pelas
famílias Nieto e Senetiner, em 1969, que, desde então, se tornou uma das principais
referências de vinhos na Argentina, ganhando grande fama mundial. Toda essa
história contada está presente e viva durante o passeio pois tudo está preservado
na casa construída em 1900.
Conhecemos
a adega onde são armazenadas diversas barricas com vinhos tops da vinícola,
como a linha Don Nicanor e Cadus. Tivemos a oportunidade de visitar a adega
particular da família, onde encontram-se garrafas de safras muito antigas para
uso exclusivo dos proprietários. Já adianto que não adianta tentar comprá-las
ou solicitar degustação pois são irredutíveis quanto ao assunto, tentei persuadi-los,
mas não consegui.
Após o
passeio, iniciamos uma singela brincadeira feita por um dos enólogos. Fomos
separados em grupos para preparar um vinho Blend, juntando três castas. Ahh!!
Tínhamos que desenvolver o rótulo também. Após, o enólogo fazia a degustação e
indicava qual era o grande vinho. Infelizmente o escolhido não foi o do meu
grupo e acredito que o rótulo mais feio era o nosso.
Posterior
a brincadeira, fomos para uma degustação dos vinhos da vinícola, conduzida pelo
Roberto Gonzalez, enólogo-chefe da vinícola na época. Depois desse dia
incrível, rumamos para Buenos Aires, para conhecer a Casa Nieto Senetiner.
Lá
vislumbramos um edifício localizado em uma esquina, de arquitetura linda. Além
de quitutes, tivemos o prazer de degustar dois grandes vinhos da vinícola, o
Bonarda Partida Limitada (aquele com a placa metálica como rótulo) e o Cadus
Tri Malbec, um top da marca. Neste mesmo dia, fomos a uma casa de tango jantar.
Alguns do grupo ensaiaram uns passos com os dançarinos, no meu caso dançarinas
(não podia ficar de fora da brincadeira).
Com
certeza, essa viagem foi uma experiência incrível e possibilitou, além de
adquirir mais conhecimento sobre o produto, auxiliar a nossa prestação de
serviço e melhoria do nosso atendimento. Além, é claro, de conhecer um pouco da
rica história familiar da Nieto e Senetiner e presenciar o dia a dia dos
produtores desses vinhos que estão tão próximo de nós.
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