Abecedário Cervejeiro


Com a popularização de versões mais artesanais e elaboradas da bebida, aumentam também os ingredientes com os quais é hoje possível se fazer uma cerveja – aumento proporcional à variação de gostos e à quantidade de possibilidades em sabores ofertados no Brasil. Assim, é possível desenvolver um verdadeiro abecedário de ingredientes (mais populares ou mais exóticos) com quais é e pode ser feita a cerveja!
  • Água: Não é exagero afirmar que a água é o ingrediente mais importante na produção da cerveja, tanto na quantidade quanto na qualidade – compondo aproximadamente, 90% da bebida. E graças às tecnologias de tratamento da água utilizadas na indústria cervejeira atualmente, é possível obter a água ideal para a produção dos diferentes estilos;
  • Banana: algumas cervejas são fabricadas com a adição de banana durante a fermentação, assim a bebida ganha notas intensas da fruta nos aromas e no paladar;
  • Cevada: seus grãos são a alma da cerveja e serão transformados em malte, que contribuirá para diversas características da bebida, como a cor, o corpo e os aromas. Quando uma cerveja se diz “puro malte”, quer dizer que é feita com “puro malte de cevada”;
  • Damasco: As cervejas do tipo Saison são um verdadeiro parque de diversões para os mestres-cervejeiros. Leves, frutadas e refrescantes, essas Ale surgidas na Bélgica podem possuir frutas entre os ingredientes;
  • Especiarias: A “escola belga” de produção de cervejas se caracteriza há vários séculos pela criatividade e a diversidade no uso de ingredientes. Por sua diminuta área territorial e localização estratégica – no meio da rota entre Holanda, França e Reino Unido – o país se beneficiou historicamente de produtos comercializados ali, como frutas e especiarias. É por isso que em vários tipos de cerveja belga estão presentes sementes de cominho, cravo e de coentro, que conferem aromas e sabores à bebida;
  • Formiga: Acredite, até formiga já foi parar na receita de uma cerveja brasileira;
  • Gengibre: há cervejas no Brasil que utilizam em sua composição foram usados gengibre, sálvia e hortelã;
  • Hortelã: Assim como o gengibre, outras cervejas brasileiras são elaboradas com trigo e hortelã;
  • Iogurte: Uma microcervejaria da Nova Zelândia e duas americanas testaram o uso de iogurte, no lugar de outras leveduras, na produção de suas “sour beers” (cervejas azedas) com o objetivo de reduzir o tempo de fermentação que, nesses estilo, é longo;
  • Jasmim: Uma microcervejaria de Washington (EUA), adiciona flores secas de jasmin na produção de cervejas;
  • Lúpulo: Essa flor da família das canabidáceas – a mesma da maconha, mas que não tem efeito entorpecente – é responsável pelo aroma e amargor da cerveja. Sua maior ou menor quantidade na produção irá definir se uma cerveja é mais ou menos amarga;
  • Milho: É um cereal amplamente utilizado na produção de cerveja há centenas de anos, no mundo todo. Ele deixa a cerveja mais leve e refrescante, e está presente nas marcas mais vendidas no mundo;
  • Noz-moscada: Os monges que fabricam as cervejas do tipo Trapista (nos monastérios da Bélgica) utilizam em suas cervejas supercultuadas ingredientes alternativos como coentro, pimenta e até mesmo pitadas de noz-moscada;
  • Orégano: Produzida nos EUA, a Mamma Mia Pizza Beer se apresenta como uma “cerveja de pizza”. A receita inclui farinha, molho de tomate, alho, manjericão e orégano;
  • Priprioca: Uma microcervejaria no Belém (PA), produz cervejas com ingredientes típicos da Amazônia. Uma delas é feita com priprioca, uma erva aromática muito usada na indústria de cosméticos. Na composição da cerveja é utilizada a raiz, da qual é extraído um óleo;
  • Quinoa: Cereal típico do Peru e da Bolívia, e conhecido pelos Incas, é usado pela comunidade indígena Aymara na produção de cervejas locais;
  • Rapadura: A cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto, produz a Colorado Indica, ganhadora de vários prêmios – uma IPA inspirada na escola inglesa, lupulada e alcoólica –, em que lança mão de rapadura entre os ingredientes;
  • Sorgo: Pouco conhecido no Brasil, o sorgo é um grão largamente utilizado na África, tanto para a alimentação humana como para ração animal, devido à sua resistência às condições severas de clima – no caso, calor e escassez hídrica. Para a produção de cerveja, é utilizado in natura ou malteado;
  • Trigo: O trigo é a base das cervejas do tipo Weiss, da escola alemã. São leves, refrescantes e têm aroma de cravo e de frutas;
  • Uva: Na Serra Gaúcha, principal região produtora de vinhos no Brasil, a cervejaria Petronius Beverage lançou em 2015 a Schatz Muskat, uma cerveja elaborado com uvas moscato;
  • Viagra: Em 2011, a cervejaria escocesa apresentou uma cerveja de edição limitada, produzida com o que chamou de “viagra herbáceo”, entre outros supostos afrodisíacos;
  • Xarope: Uma cerveja produzida no estado do Oregon (EUA), mistura bacon e xarope de bordo (o tradicional maple syrup, usado nas panquecas doces americanas);
  • Zimbro: Original da Finlândia, o Sathi é um estilo de cerveja que mescla cereais malteados e não-malteados, entre eles cevada, centeio, trigo e aveia. Para incrementar o aroma, costuma-se acrescentar bagas de zimbro na receita.

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